E quais não são de rotina e ainda assim podem e devem ser solicitados em função de necessidade, pois segundo as evidências científicas disponíveis, o rastreamento de condições clínicas pode ser
ou não recomendado rotineiramente durante o pré-natal:
Vaginose bacteriana assintomática: não deve ser oferecido, pois as evidências sugerem que
a identificação e o tratamento dessa condição não diminuem o risco de parto prematuro e
outros problemas reprodutivos (grau de recomendação A);
• Chlamydia trachomatis assintomática: não deve ser realizado, porque não há evidência
suficiente da sua efetividade e do custo/efetividade (grau de recomendação A);
• Cytomegalovirus: a evidência disponível não embasa o rastreamento de rotina;
• Estreptococcus do grupo B: não deve ser realizado, pois a evidência de sua efetividade
clínica permanece incerta (grau de recomendação A);
• Vírus da hepatite C: não há evidência suficiente da sua efetividade como rastreamento de
rotina (grau de recomendação C). Deve ser solicitado em situações especiais de alto risco,
como uso de drogas injetáveis e/ou parceiro usuário, transfusões de sangue ou múltiplos
parceiros de um ou de ambos;
• Vírus da hepatite B: o rastreamento sorológico deve ser oferecido para mulheres grávidas,
porque a intervenção pós-natal pode diminuir o risco de transmissão mãe-filho (grau
de recomendação A). Deve-se solicitar o rastreamento na primeira consulta (grau de
recomendação A) – pois se o resultado for negativo e não houver história de vacinação
prévia recomenda-se a vacinação – e no terceiro trimestre;
• HIV (A): deve ser oferecido na primeira consulta e no terceiro trimestre do pré-natal, porque
as intervenções podem reduzir a transmissão materno-fetal (grau de recomendação A);
• Rubéola: deve ser oferecido para identificar mulheres em risco de contrair infecção e
possibilitar vacinação no período pós-natal, protegendo gestações futuras (grau de
recomendação B);
• Sífilis: é recomendado na primeira consulta e no terceiro trimestre do pré-natal. Se o
resultado for positivo, recomenda-se tratamento imediato, já que o tratamento durante a
gestação é benéfico para a mãe e para o feto (grau de recomendação B);
fonte: ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO - Cadernos de Atenção Básica, n° 32
Ministério da Saúde - 1ª edição revista - Brasília – DF
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